Política
Em 1989, mesmo gravando, fazendo espetáculos e se envolvendo em causas sociais, elegeu-se vereador em Salvador , sua cidade natal, pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) com exatos 11.111 votos. Em 21 de Março de 1990 filia-se ao Partido verde (PV), como membro da Comissão Nacional Executiva. Em janeiro de 2003 quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse, nomeou-o para o cargo de ministro da Cultura.Permaneceu no cargo de ministro por cinco anos e meio. Deixou o ministério em 30 de Julho de 2008 para voltar a dedicar-se com maior exclusividade à sua vida artística. Em 28 de agosto participou da solenidade de posse oficial de seu sucessor no ministério, Juca Ferreira.
A política adotada na gestão de Gilberto Gil no ministério da Cultura baseia-se na Declaração Universal Sobre a Diversidade Cultural, da Unesco Este documento consagra a diversidade cultural como patrimônio da humanidade. Traduzir esse conceito no Brasil significa a obrigação do Estado em afirmar as culturas que estão submersas e que se expressam apenas como “folclore” ou arte exótica. Cadê a cultura das centenas de comunidades quilombolas. Onde estão a dança, os mitos, as línguas dos mais de duzentos povos indígenas. Cadê a cultura caipira. E a cultura hip hop, presente nas periferias urbanas e todas as outras manifestações que surgem nos guetos e quebradas? Esse é o chamado quando se fala em diversidade cultural. É a Cultura, como dimensão do processo civilizatório, não apenas como manifestação artística ou produto de exibição.
Ele deixou as bases para a continuidade da política adotada com um plano estratégico de governo, denominado um tanto inadequadamente de PAC da Cultura, e a formulação das diretrizes para o Plano Nacional de Cultura, que sustentará uma política de Estado de longo prazo.
Gil pode dormir o sono dos justos. Adotou uma visão de Cultura como “produto das subjetividades em movimento”, como gosta de dizer. Ele fez em pouco mais de cinco anos muito mais do que foi realizado nos 18 anos anteriores de existência do MinC.
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